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HISTÓRIA

1899

Em 1899 António José de Freitas Guimarães e sua esposa Josefa Moreira instituem o Hospital Asilo São Lourenço de Pardelhas. No entanto, as obras de construção, melhoria e ampliação das instalações estendem-se até 1905, altura em que foi celebrada a primeira missa na nova capela do Hospital.

1908

Uma vez que à data de então, a Murtosa pertencia ao concelho de Estarreja, em 1908 a Câmara Municipal de Estarreja passa a administrar o Asilo-Hospital. Este acolhia idosos que careciam de assistência e prestava cuidados médicos e de enfermagem à população em geral. 

No mesmo local, surge a Creche José Maria Barbosa, que funcionava como pré escola  e, facto pouco conhecido, como acolhimento de crianças pobres, órfãs de pais falecidos por acidentes ou doenças. 

Posteriormente, a creche passou a dispor de uma “colónia balnear” na freguesia da Torreira, que acolhia as crianças nos meses de Verão.

1926

Com a mudança de regime e consequente desvalorização do escudo, a par de uma gestão estranha por parte da Câmara Municipal de Estarreja, verificam-se dificuldades financeiras na instituição. A fortuna deixada pelo casal Freitas Guimarães desaparece em menos de 20 anos! Como consequência, ocorre em 1926, a transferência da instituição para a constituída Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Murtosa (SCMM).
O Professor Doutor Fernando Bissaya Barreto, frequentador da praia da Torreira e com alguns amigos na Murtosa, propõe, à recém instituída Santa Casa da Misericórdia da Murtosa, uma parceria para a criação da “Casa da Criança”. Ele construiria a obra num terreno da Santa Casa, ficado esta a gerir a obra. A Mesa Administrativa da altura, teve receio das intenções do Médico Coimbrão e recusou a parceria. Em 1940, Bissaya Barreto conseguiu o seu sonho, inaugurando, em Coimbra a principal Casa da Criança, integrada no Portugal dos Pequenitos. A da Murtosa, teria sido a primeira de todas!

1945

É inaugurado o Patronato de S. José, uma casa cedida pela proprietária, na freguesia do Bunheiro, com o intuito de assistir famílias e crianças desfavorecidas, proporcionando, a estas últimas, momentos de lazer e aprendizagem extraescolar. Esta missão foi concretizada por uma comunidade religiosa acolhida no Patronato.

1957

Em 1957 foi doado um espaço na freguesia do Bunheiro – Patronato de S. José. Esta casa esteve em pleno funcionamento até 2002, altura em que a Segurança Social recusou assinar o protocolo de funcionamento de CATL, por falta de condições. A comunidade religiosa, por decisão da Madre Superiora de então, foi deslocada para outras casas, propriedade da Ordem, por falta de religiosas portuguesas.

1958

É integrada na Misericórdia, no espaço do Asilo-Hospital, a Creche José Maria Barbosa, que funcionava como pré-escola e, facto pouco conhecido, como acolhimento de crianças pobres, órfãs de pais falecidos por acidentes ou doenças. Posteriormente, a Creche passou a dispor de uma “colónia balnear” na freguesia da Torreira, doada pela família Ruella Ramos, radicada em Lisboa e ligada ao “Diário de Lisboa”, com o objetivo de acolher crianças nos meses de verão.

1966

Com o passar dos anos, as instalações do antigo Asilo-Hospital começaram a evidenciar alguma degradação e várias carências. Assim, em 1966, inicia-se a construção de um edifício, para onde foram transferidos os cuidados médicos (antigo centro de saúde do concelho)

1977

Em 1977, por oferta do Governo, liderado pelo Dr. Mário Soares, dá-se início à construção de um equipamento, que funcionaria como creche e jardim-de-infância. Com a construção destes novos edifícios ficaram reunidas as condições para a edificação de um novo lar.

1986

É inaugurada a II Fase do Lar de Idosos da Santa Casa da Misericórdia da Murtosa, com aumento da capacidade para 78 residentes. Nesse dia, o então Ministro da Solidariedade Social, Dr. Eduardo Ferro Rodrigues, oferece, em nome do Estado Português, à Instituição uma verba para aquisição do mini-bus.

2001

Em 2001, nasce o Serviço de Apoio Domiciliário (SAD), inicialmente com um acordo para 10 idosos. Recomeça, assim, a atuação e envolvimento da SCMM na comunidade, que passa a ter um olhar mais atento aos problemas e necessidades da população murtoseira. 


No mesmo ano, vê aprovado o projeto “ELO” de intervenção comunitária do Programa Operacional Emprego e Formação para o Desenvolvimento Social (POEFDS), financiado pelo Fundo Social Europeu (FSE). Este programa visava duas formações “socializantes”, uma dirigida a jovens mães provenientes de meios desfavorecidos, e uma outra dirigida a jovens, com insucesso/abandono escolar, promovendo a melhoria e a aquisição de competências sociais. Ao abrigo deste mesmo projeto, cria um espaço que acolhe adolescentes/jovens dos 12 aos 18 anos com vista a ocupação de tempos livres. 


Ainda em 2001, a SCMM passa a integrar a Comissão Local de Acompanhamento (CLA), no âmbito do programa do Rendimento Mínimo Garantido (RMG), estabelece uma parceria com o IEFP e é parceira da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ). 


É projetada e iniciada a construção de uma rampa de evacuação do 1º andar na atual ERPI. Inicia-se a informatização dos serviços administrativos da Santa Casa com a implementação de uma rede informática, formação às colaboradoras e instalação de soluções informáticas de contabilidade e gestão. O ficheiro de irmãos é informatizado de forma voluntária pela Mesa Administrativa, bem como é informatizado o acervo Bibliográfico da Biblioteca Dr. José Tavares Afonso e Cunha.

2002

Em 2002 assume o papel de entidade gestora do Programa Integrado de Educação e Formação (PIEF), integrado no Programa Extinção da Exploração do Trabalho Infantil, sendo a Escola E/B 2,3 Padre António Morais da Fonseca a entidade executora do projeto.

É recuperado o Edifício da antiga Colónia Balnear da Torreira, que fora fechado. Vandalizado por consumidores de estupefacientes, não tinha quaisquer condições de utilização. Terminada a intervenção, o espaço passou a poder acolher idosos e crianças em visita à praia da Torreira, bem como ficou preparado para receber ações de formação a desenvolver pela Instituição.

2003

Em 2003, a SCMM promove um curso de formação social com componente em contexto laboral, para jovens mulheres da comunidade da Torreira denominado “Pró-Futuro”

2004

Em 2004 as instalações da SCMM recebem um curso de Educação e Formação para Adultos (EFA), na área da geriatria, ministrado pelo IEFP. 


No mesmo ano vê também aprovado o Projecto “@” no âmbito do Programa “Clique Solidário”, em parceria com a Segurança Social e o Programa Operacional para a Sociedade da Informação (POSI). O projecto permite à comunidade murtoseira alcançar o diploma de competências básicas na área da informática e formação em diferentes programas e aplicações informáticas, de acordo com os interesses profissionais e pessoais. 


Em 2004 é aprovado o Projecto Leme que surgiu no âmbito do POEFDS, medida 5.1, co-financiado pelo FSE e pelo Ministério do Trabalho e da Segurança Social (MTSS). Este projecto teve início a 3 de Maio de 2004 e término a 30 de Abril de 2006. O projecto teve como população alvo crianças, jovens, famílias, população com deficiência, desempregadas e beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI). 


Ainda em 2004, o Programa Aveiro Digital aprova duas candidaturas da instituição, uma no início do ano – o Projeto “P@z” e, outra com início no ano seguinte, denominada de “SAD-SOS”. O primeiro projeto visava a digitalização e digitação de actas do Julgado de Paz existentes na instituição (legado do último Juiz de Paz da Murtosa) e, o segundo, a criação de um serviço SOS em casa dos idosos. Este funciona através da ligação a uma central que recebe a informação, faz a triagem e encaminha-a para os serviços competentes existentes na comunidade.

2005

Em 2005, é aprovado, no âmbito do Programa de Apoio Integrado a Idosos, o projecto “Raízes”. Este projecto surgiu no âmbito do Programa de Apoio Integrado a Idosos (PAII) e visa o alargamento do SAD a 24 horas diárias. Um dos principais objectivos visa a promoção de visitas domiciliárias durante a noite com o intuito de vigilância, administração de terapêutica, entrega de suplementos alimentares e apoio ao nível da higiene e um piquete de duas/três funcionárias para situações de maior gravidade, que levem à pernoita das mesmas em casa dos utentes. Com este projecto, pretende-se ainda levar a cabo pequenas reparações, obras ou adaptações funcionais e estruturais na casa dos utentes. 

Ainda em 2005, é aprovado o projecto “Sinal” no âmbito do POEFDS. Este projecto consistiu num curso de Educação e Formação de Adultos (EFA) na área de “Apoio à Família e à Comunidade B3” – Eixo n.º 5 – Promoção e Desenvolvimento Social. Esta acção formativa foi financiada pelo POEFDS e dirigiu-se a 14 mulheres desempregadas com baixas habilitações escolares, em risco de exclusão e sem qualificações formais. No final do processo de formação, os formandos obtiveram uma certificação profissional de nível 2, associada a uma progressão escolar, com equivalência ao 9º ano.

2006

Em 2006, é aprovado um Projeto de Educação e Formação de Adultos (EFA) na área de “Geriatria B3”, no âmbito do Programa Operacional Emprego Formação e Desenvolvimento Social. Esta ação formativa destina-se a jovens à procura do primeiro emprego. A frequência com aproveitamento confere aos destinatários a equivalência ao 9º ano de escolaridade e uma certificação profissional de nível 2. 


Ainda neste ano é constituída a Rede Social da Murtosa, na qual a SCMM participa ativamente como membro do Núcleo Executivo e do Conselho Local de Ação Social (CLAS). A SCMM é ainda a representante das IPSS's nos órgãos sociais. 

2007

Em 2007, a SCMM candidatou-se a duas valências uma na área da infância e outra na área da deficiência, no âmbito do Programa de Alargamento da Rede Social de Equipamentos Sociais (PARES). De acordo com um estudo realizado pelos técnicos da SCMM e com o diagnóstico realizado pela Rede Social, identificou-se o défice na resposta Creche dado o número médio de nascimentos por ano, bem como a inexistente de resposta no concelho no que diz respeito à área da deficiência. A resposta pretendida pela SCMM é o alargamento da creche para mais 21 lugares e a criação de duas residências autónoma para 10 utentes na área da deficiência. 


Com o dinamismo do projeto Aveiro Digital, a funcionária responsável pela Biblioteca passou a digitar todas as Actas da Instituição, ficando em suporte informático as Actas das Mesas Administrativas, desde 2026 até ao presente, bem como as Actas das Assembleias Gerais, também desde 1926.

2008

Em 2008, a SCMM celebra um Acordo Atípico com o Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social de Aveiro, no âmbito da resposta social “Centro de Apoio Familiar e Aconselhamento Parental”, na área da Infância e Juventude dirigida ao apoio psicossocial e terapêutico a crianças/jovens e famílias em situação de risco social. Esta valência tem por objetivo promover a família nas suas diferentes dimensões e proporcionar uma resposta global e integrada às problemáticas que mais se evidenciam presentemente: rupturas familiares e problemáticas relacionadas com a exclusão social.

2009

Em 2009 a SCMM assume-se como entidade gestora do CLDS (Contrato Local para o Desenvolvimento Social), este é um projeto que tem por objetivo promover a inclusão social dos cidadãos, de forma multisectorial e integrada, através de ações a executar em parceria, de forma a combater a pobreza e a exclusão social em territórios deprimidos. É constituído por uma equipa multidisciplinar que procura apoiar/reforçar as respostas existentes no concelho (Bunheiro, Monte, Murtosa e Torreira) tendo por base os seguintes eixos: 

1) Eixo I – Emprego, Formação e Qualificação; 

2) Eixo II – Intervenção familiar e parental; 

3) Eixo III – Capacitação da Comunidade e das Instituições; 

4) Eixo IV – Informação e acessibilidades

2011

Foram assinados os acordos para a construção de duas residências autónomas, onde funcionara o Patronato de S. José e para o alargamento da creche, resultado da candidatura ao programa PARES.

2015

Por exigência do Ministério do Trabalho e da Segurança Social e por imposição da Conferência Episcopal Portuguesa, o Compromisso da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Murtosa foi atualizado e aprovado em Assembleia Geral de Irmãos, convocada para o efeito, estando em vigor até hoje.

2016

É celebrado o 90.º aniversário da criação da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia da Murtosa, nos jardins do Infantário, com as crianças, os pais, os nossos idosos do Lar, do Centro de Dia e do Apoio Domiciliário, bem como funcionárias e muitos irmãos e amigos da Instituição. 


Paralelamente desenvolveram-se algumas atividades para a comunidade na Igreja de Pardelhas.

2018

Por candidatura ao abrigo do Programa Portugal 2020, iniciaram-se as obras de requalificação e ampliação da Estrutura Residencial para Pessoa Idosas (ERPI). Foi criada uma escada de evacuação da outra secção do 1º andar, bem como uma escada de evacuação e socorro do 2.º andar. De igual modo foram renovados vários espaços, equipamentos e mobiliário para melhor conforto e segurança dos residentes.


No âmbito do mesmo programa, foi instalado um conjunto de painéis solares voltaicos, instalação de uma caldeira modular a gás natural e substituídas as caixilharias exteriores para melhorar a eficiência térmica do edifício.

2019

É projetada a implementação de um Jardim Terapêutico e Intergeracional, apoiado pelo Prémio Rainha D.ª Leonor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, nos terrenos do jardim do antigo Hospital da Santa Casa da Misericórdia da Murtosa, com o intuito de o requalificar para poder acolher atividades e laser dos idosos da ERPI, do CD e do SAD, os jovens das Residências Autónomas, bem como as crianças da Creche, Jardim Infantil e CATL. Ficando, igualmente, aberto à fruição de todos os que queiram aproveitar o espaço e os equipamentos instalados.

2020

É criado o projeto arquitetónico e técnico para a transformação do antigo Hospital numa ERPI moderna, tendo sido submetido ao concurso do PARES III e ao PRR. O PARES III recusou o projeto por não ser direcionado para a deficiência mental e o PRR não o aceitou na primeira fase de projetos. Aguardamos nova oportunidade para o submeter novamente.
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